Abraçar a Honestidade

A vida congelada esteve isso mesmo... congelada.

Muito se passou, coisas muitos boas, coisas menos boas, a vida.

Percebo que "o tempo é aquilo que fazes com ele", mas o que me apercebo é que o tempo é aquilo que não fazemos com ele.

Se não fizermos nada com ele, os outros o farão. Se não ocupo o meu tempo de certeza que outros o vão ocupar com aquilo que para eles é mais importante.

Tempo é finito para todos, claro que uns têm mais que outros, mas ninguém fica cá para sempre.

Mais do que fazer muito com o tempo, é fazer bem. E quando a escolha do que é feito com o nosso tempo começa a passar não só por nós, atrito aparece, resistência, da resistência vem sofrimento, nosso, das pessoas à nossa volta.

Sei que o sofrimento faz parte da vida, e se me candidatei a viver, se escolhi, e escolho todos os dias, terei de viver uma vida de significado.

Há coisas que mexem comigo, que me põem as entranhas do lado de fora, e já percebi que ninguém gosta de ver o lado menos "bonito" da vida. 
Quando situações me perturbam, me inquietam, de forma fácil e verdadeira partilho, mas a reacção que tenho é que ninguém quer questionar o porquê. 

Irrita-me, o porque sim, porque toda a vida se fez assim, porque todos passamos por isso, porque se queres ter pão na mesa tem de ser escravo de alguém que durante a maior parte do teu dia que estás acordado, te diz que é assim, e não questiones, não arranjes problemas.

Chorei anteontem, de inveja de um cardiologista que ao falar do seu trablho as lágrimas vieram-lhe aos olhos, aquilo que faz tem significado, nem que seja só para ele. 

Até já.





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